Hellooooo people!!!

Para a felicidade de todos, temos mais uma entrevistaa! Yeeeeeeah :)

A nossa entrevistada é a Enfermeira Hellen Cristina Gomes Marçal, graduada em Enfermagem pelo Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM) - 2011. Atualmente trabalha no Centro Cirúrgico do Hospital Central da Polícia Militar do Rio de Janeiro - PMERJ.

Que legaaal, né? Se liga aí na entrevista que eu (Bianca Evellyn) junto com o Team preparamos para vocês :)


Team Mentoria:

De que forma/que mudanças estão ocorrendo no dia a dia do seu local de trabalho desde que iniciou a atual pandemia da COVID-19? Novas demandas? Novos protocolos? Desafios? Preocupações? Biossegurança?


Enfermeira Hellen:

"Assim que surgiu o 1° caso no Brasil, o Hospital começou a criar protocolos. A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar realizou treinamento voltado à paramentação. Foi separado um setor para atendimento dos militares e seus dependentes com suspeita de Covid-19, onde é realizada triagem. Dependendo das condições do paciente, o mesmo é direcionado para exames e sala de medicação, casos graves são internados.

Foi criado um andar somente para internação desses pacientes, que já se encontra lotado. Por isso, houve necessidade de abrir um outro andar para Covid - por enquanto lá estão pacientes mais estáveis. Além disso, o hospital aumentou o número de plantões extras; o profissional que se dispõe recebe por isso. No mais, a CCIH está sempre supervisionando os setores.

O maior desafio infelizmente é o fato de não existir ainda, a cura para o Covid-19. Outro desafio é a paramentação, pois não é nada confortável. E fica impossível ficar com ela nas 12h, até porque o profissional também tem suas necessidades básicas, como se alimentar e ir ao banheiro. Então é feito um revezamento dos funcionários do andar a fim de sempre garantir um quantitativo considerável para cobertura dos doentes.

Em outros setores também foram criados protocolos. No setor em que trabalho, por exemplo, foi criado um protocolo para todos os envolvidos (maqueiros, enfermeiros, técnicos, anestesistas, cirurgiões e funcionários da limpeza). Após nos depararmos com um caso de suspeita de Covid-19 em um paciente durante cirurgia, decidiu-se que para todas as cirurgias seguiria-se o protocolo de Covid de forma a manter a equipe protegida. Anteriormente, uma sala havia sido separada para cirurgias em pacientes contaminados, agora todas as salas estão preparadas da mesma forma.

O hospital conta com EPI's (capote descartável em tecido, capote descartável plástico, máscara cirúrgica descartável, touca cirúrgica descartável, luvas, óculos e face shield). Todos os funcionários do hospital receberam máscara PFF2, que poderá ser trocada quando a mesma não estiver em bom estado ou tiver sido contaminada.

Uma preocupação que tenho é com a contaminação dos que estão na linha de frente. Infelizmente temos vistos esse número de casos crescendo no país. É muito importante a utilização dos EPIs de forma correta."


Team Mentoria:

Tem afetado também sua vida pessoal/familiar? De que forma? Se você quiser, pode discorrer sobre as preocupações envolvidas.


Enfermeira Hellen:

"A vida familiar foi toda afetada tendo em vista que nós da área de saúde não podemos expor nossos familiares. No setor aonde trabalho, foi criado um estar para quem achar melhor não retornar para casa. Nosso familiares estão muito apreensivos por saber que somos a linha de frente. Tentamos poupar de toda forma nossa família."


Team Mentoria:

Que dica você deixa para nós (estudantes e comunidade em geral) em relação aos cuidados frente ao COVID-19?


Enfermeira Hellen:

"Fator que considero primordial é a precaução: não deixem de usar máscaras, fazer a higiene das mãos. Evitem aglomerações, respeitem o espaço entre pessoas.

Outro fator que considero importante para quem está na linha de frente é ter tranquilidade e paciência. É necessário não deixar o caos se instalar. Estamos ali para ajudar os pacientes e não sermos um deles, então temos que utilizar os EPIs de forma correta e trabalhar com segurança.

E jamais percam a empatia, assim como nossos familiares almejam nosso retorno para casa, os pacientes também são o amor da vida de alguém. Que Deus nos abençoe nesta luta! Juntos venceremos!"


                                                                     


Esperamos que tenham gostado da entrevista! Em breve, teremos mais :)

Sucessoooooo Hellen!